Smoothie de Morangos, Mirtilos e Aveia




Com a chegada do Verão mudam-se os apetites. Alteram-se algumas rotinas nas refeições diárias.
Ficam as vontades de bebidas frescas, frutas da época, pratos pouco elaborados, muitos gelados e sorvetes e saladas coloridas.
Coisas simples ganham destaque. E pratos cheios de cor e sabor da época aparecem à mesa.
Até o pequeno-almoço ganha mais vida, mais cor, com batidos e sumos de fruta natural. 
Troco as torradas e o leite aborrecidos por fruta em forma líquida. Uma deliciosa e saudável maneira de começar bem o dia. Vitaminas e antioxidantes que me acompanham em dias quentes de Verão.
As frutas que venham a mim que eu bebo-as!


Smoothie de Morangos, Mirtilos e Aveia

1/4 chávena de aveia em flocos
1/4 chávena de água
1/4 chávena de leite
1 iogurte natural
6 morangos
1/2 chávena de mirtilos
mel a gosto


Preparação

Colocar a aveia e a água numa taça e deixar a empapar durante 30 minutos antes de preparar o smoothie.
Para preparar o smoothie, colocar todos os ingredientes num liquidificador e triturar até ficar homogéneo.
Adicionar mel a gosto e servir bem fresco.

Bom Apetite!





Bolo de Chocolate e Cerejas







O que dizer de um bolo de chocolate?
Tanto e tão pouco. Dispensa apresentações. Dispensa palavras complicadas. Nunca provoca indiferença num simples olhar. A própria palavra chocolate é melódica, suave e doce. Como um sonho bom.
Um bolo de chocolate envolve-nos num sorriso guloso. As suas fatias trazem consolo e conforto.
Capta sorrisos e suspiros. Um enamorar. Um devaneio, sempre. Parece quase algo pecaminoso, uma delícia para dias especiais. Que não se pode comer todos os dias.
Mas a vontade às vezes é rainha. E um bolo de chocolate aparece porque sim, porque apetece.
Num abraço com cerejas da época e uma textura húmida no centro, a lembrar um pão-de-ló húmido.
Só mais uma fatia. Porque sim. A gula apoderou-se de mim.


Bolo de Chocolate e Cerejas
(receita do blog Tutti Dolci)

 3/4 chávena de farinha trigo + 2 colheres (sopa)
1/4 chávena de cacau em pó
1/2 colher (chá) de fermento
1/4 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1/4 colher (chá) de canela em pó
1/4 colher (chá) de sal
4 colheres (sopa) de manteiga à temperatura ambiente
1/2 chávena de açúcar
1 ovo
1/2 chávena de buttermilk*
1 e 1/4 chávena de cerejas descaroçadas



Preparação

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar com manteiga uma forma redonda pequena e forrar o fundo com papel vegetal.
Numa taça misturar a farinha, o cacau, fermento, bicarbonato e sal. Reservar.
Noutra taça bater a manteiga com o açúcar, até ficar uma mistura cremosa. Adicionar o ovo e bater muito bem. Aos poucos adicionar a mistura da farinha alternadamente com o buttermilk.
Colocar a massa na forma e alisar a superfície. Colocar as cerejas no topo da massa, sem enterrar muito.
Levar ao forno até cozer, deixando o centro ainda húmido. 
*Nota: para preparar o buttermilk juntar 1/2 chávena de leite com 1 e 1/2 colher de chá de sumo de limão e aguardar 15 minutos antes de usar.

Bom Apetite!









Sorvete de Morango e Manjericão




A julgar pelo tempo que fez na noite mais curta do ano, diria que estava no hemisfério sul, onde está a começar o Inverno. Mas não, por cá começou o Verão. Timidamente, com meias e casaco, algumas mantas e gatos aninhados. Assim chegou.
Começa assim uma estação que adoro (se pensar bem, gosto de todas as estações, com a beleza inerente a cada uma delas). Uma época de abundância e dias longos. Dias preguiçosos de férias, e outros muito mais cheios e activos no trabalho. As frutas, as cerejas e as conversas, as ameixas carnudas, os pêssegos perfumados que me deliciam, os frutos vermelhos que pintam os dias. Os refrescos e os batidos. As saladas coloridas. As flores do jardim. Os lanches na praia. As caminhadas à beira-mar. Os gelados. Os pés descalços. O São João com cheiro a sardinha e manjerico no ar. As noites quentes. Os vestidinhos de alças finas. O convite ao passeio, a conhecer outras paragens. Os lanches tardios com amigos de longa data. As visitas inesperadas sempre com saudade. O sol e o calor. Os petiscos e churrascos. Encontros e amizades.
E que melhor maneira de receber o Verão do que com um sorvete? Vamos celebrar? Ele está escondido, mas está quase a chegar. E combina tão bem com morangos e manjericão, uma dupla perfeita.


Sorvete de Morango e Manjericão
(receita do blog Pixelated Crumb)

450 gr de morangos
2/3 chávena de açúcar 
1/4 chávena de manjericão fresco
1 colher (chá) de sumo de limão


Preparação

Lavar e cortar os morangos em quartos. Juntar o açúcar aos morangos e deixar a macerar durante 1 hora, mexendo de vez em quando.
Juntar a mistura dos morangos e seu líquido com o manjericão e o sumo de limão e reduzir a puré num liquidificador ou processador de alimentos.
Colocar a mistura no frio durante 1 hora e depois na máquina de gelados e seguir as instruções do fabricante.
Se não tiver máquina, colocar no congelador e ir batendo de meia em meia hora, para evitar a formação de cristais de gelo.

Bom Apetite!







Risotto de Cenoura e sua Rama




A horta. Sempre a horta. O nosso sustento e a partilha.
Em época de dificuldades económicas e de equilíbrio de contas, sinto-me protegida pela minha horta. Sinto uma segurança por ter este terreno. Onde podemos cultivar o nosso alimento. De uma forma sustentável, biológica e de partilha.
Os alhos e as cebolas vão ser colhidos e as primeiras courgettes já se mostram, primeiro timidamente e de repente surgem dezenas espalhadas na terra.
As cenouras também já foram colhidas, lindas e grandes. Com uma rama verde, viçosa e exuberante. Parece um desperdício não a aproveitar. Normalmente a sua rama é rejeitada, mas não foi o caso desta vez. É certo que não é uma ideia original cozinhar com a rama de cenoura, mas por aqui é. Tantas vezes que já foi desperdiçada.
Uma alimentação mais sustentável, ecológica, nutritiva e sem desperdícios. Cada vez mais deve ser o nosso lema. E por vezes temos de encarar certos alimentos, cascas, talos e folhas de outra forma. E usar a criatividade para cozinhá-los. Estão cheios de sabor.
Este risotto surgiu ao ler um livro novo que veio parar à minha estante. Um livro sobre reaproveitamento de alimentos. Com receitas saudáveis, nutritivas e económicas. 
E um risotto sabe sempre tão bem, conforta-nos nestes dias mais cinzentos que teimam em afastar a Primavera e o Verão. Experimentem. 









Risotto de Cenoura e sua Rama
(adaptada do livro "Cascas, Talos, Folhas e outros Tesouros Nutricionais", de Alexandre Fernandes)

2 colheres (sopa) de azeite
1 dente de alho picado
1/2 cebola picada
1 chávena de cogumelos frescos laminados
1 chávena de arroz para risotto
2 cenouras pequenas
1 chávena de ramas de cenoura picadas
caldo de legumes q.b.
sal q.b.
2 colheres (sopa) de parmesão ralado


Preparação

Lavar bem as cenouras, cortar às rodelas e cozer. Depois de cozidas, reduzir a puré e reservar.
Preparar o caldo de legumes e mantê-lo a ferver no mínimo.
Num tacho colocar o azeite, o alho e a cebola e deixar alourar ligeiramente. Adicionar os cogumelos e as ramas de cenoura bem lavadas e picadas, deixando cozinhar uns 2 minutos. Juntar então o arroz e mexer sempre durante uns 2 minutos. Adicionar o puré de cenoura e envolver.
Em seguida ir adicionando o caldo de legumes bem quente e mexer sempre, até o arroz ir absorvendo o caldo e cozendo. Adicionar caldo à medida que for necessário, sempre a mexer o arroz.
Quando o arroz estiver cozido, retirar do lume e adicionar o queijo, envolvendo suavemente e servir de imediato.

Bom Apetite!
 







Um ano de Ananás e Hortelã




Exactamente há um ano atrás estava sentada à beira-mar de pés descalços na areia molhada e pensei "é hoje que crio o meu blog de culinária". Já pensava nisso há uns tempos. Faltava-me o nome, mas nesse dia tudo parecia claro, como a vontade de beber um sumo de ananás e hortelã. Simples, fresco, delicioso e perfumado. Nada complicado, decisões tomadas e ir em frente. Novos desafios.
Um ano que passou num instante. Um ano de balanço positivo. Um ano que me trouxe coisas novas, um blog que me permitiu crescer. Que me trouxe pessoas. Pessoas que guardo com carinho e que sempre receberei bem nesta casa. Nem imaginam a felicidade de ouvir ou ler alguém que diz gostar de me visitar. Que faz as minhas receitas e gosta. Que me deixa um comentário. Uma partilha de emoções.
O blog serve também para relaxar, um ponto de escape ao dia-a-dia e à rotina, embora cada vez receba mais de mim e faça mais parte da minha vida. Faço-o por gosto, porque gosto de cozinhar, de experimentar coisas novas, novos sabores, novos ingredientes, surpreender os meus com novas receitas, alegrar uma mesa e partilhar tudo isto com quem conheço no real e no mundo virtual.
Não podia deixar de agradecer todo o vosso carinho. Obrigado a todos os que por aqui passam. A todos os que me deixam comentários simpáticos e motivadores. A quem me lê e perde um pouco do seu tempo por aqui.
Espero que o blog continue a existir por muitos anos, sempre com motivação e inspiração. Com vontade.
E como não podia deixar de ser a Ginja que adora bolinhos, traz hoje um bolo para partilhar com todos neste dia de festa. Um bolo que não ficou bem direitinho, meio imperfeito, em que nem tudo correu bem (o curd ficou ligeiramente líquido), mas a vida é mesmo assim. Feita de aventuras e aprendizagem. Hoje celebramos juntos, numa fatia de amizade e num voltem sempre.





Bolo de Sementes de Papoila e Curd de Maracujá
(receita adaptada daqui e daqui)

Bolo:
3/4 chávena de açúcar 
raspa de 1 lima
raspa de 1 laranja
75 gr manteiga
2 ovos
1 e 1/4 chávena de farinha
1 colher (chá) de fermento
1 chávena de leite
2 colheres (sopa) de sementes de papoila

Curd de maracujá:
6 ovos
120 gr de manteiga
1 chávena de açúcar
1 chávena de polpa de maracujá (com ou sem sementes)






Preparação

Começar pelo curd: num tacho levar ao lume a manteiga, a polpa e o açúcar até atingir o ponto de fervura.
Retirar do lume, deixar arrefecer ligeiramente (uns 3 a 5 minutos).
Numa taça bater muito bem os ovos até ficarem espumosos e volumosos e depois mexendo sempre ir juntando à mistura quente. Nunca parár de mexer durante este processo.
Colocar a mistura ao lume e ir sempre mexendo até obter um preparado mais espesso. 
Deixar arrefecer por completo e guardar em frascos esterelizados no frio (no frio ainda vai tornar-se mais espesso).
Para o bolo: Untar e forrar o fundo de duas formas pequenas redondas com papel vegetal. Reservar. Pré-aquecer o forno a 180ºC.
Num taça colocar o açúcar e as raspas da fruta e amassar com as pontas dos dedos até obter um açúcar com aspecto de areia molhada. Juntar a manteiga e bater usando a batedeira, até obter uma mistura cremosa. Adicionar depois os ovos e bater muito bem. Juntar o leite e a farinha com fermento alternadamente e envolver suavemente. Por fim, adicionar as sementes de papoila e envolver na massa.
Dividir a massa pelas duas formas e levar ao forno até cozer (teste do palito).
Retirar do forno, desenformar e deixar arrefecer por completo.
Cortar cada um dos bolos na horizontal de maneira a obter 4 camadas de bolo.
Colocar uma camada de bolo no prato de servir, barrar com um pouco do curd de maracujá. Repetir o processo até terminar com a última camada de bolo (sobre esta não colocar curd).
Enfeitar com açúcar em pó e com framboesas frescas.
Nota: o bolo é bastante pequeno, para um bolo grande dobrar a quantidade da massa. O meu curd não ficou tão espesso como o da receita original, não sei bem porquê, segui a receita à risca.

Bom Apetite!



 





Convidei para jantar... Nuno Camarneiro




Era final de tarde quando Nuno chegou. Apresentou-se sereno à beira do quintal, onde eu colhia umas laranjas e limões para lhe preparar um refresco. Estava um calor abrasador, e as sombras secavam os dias.
Cumprimentei-o com entusiasmo, deixando os limões rolar até aos seus pés. Que descuidada, tanto nos gestos como nas palavras. Fico sempre assim, quando recebo um convidado especial na minha casa.
Passámos a apanhar um raminho de hortelã na varanda e seguimos até à cozinha fresca, onde lhe preparei um sumo de limão, laranja e hortelã, com bastante gelo.
Nuno na sua simplicidade aceitou mais um copo, enquanto o jantar estava a ser preparado. Falou-me um pouco de si, da sua história e das suas histórias.

" Todas as cicatrizes são troféus, representam vitórias contra o que vem de fora. Devíamos mostrá-las de cada vez que conhecemos alguém, chamo-me assim e tenho sobrevivido. Mostrar os braços, e as costas e os rasgões do espírito, contar-lhes as histórias com abundância de pormenores, o que mais possamos dizer é já supérfluo."

O meu convidado é Nuno Camarneiro, um jovem escritor natural da minha cidade, a Figueira da Foz. Licenciado em Engenharia Física, trabalhou no CERN em Genebra e concluiu um doutoramento em Ciência Aplicada ao Património Cultural em Florença. É investigador e professor, e autor do blog Acordar Um Dia. O seu primeiro romance "No Meu Peito Não Cabem Pássaros", é um livro que me impressionou pela escrita, que já conhecia do seu blog e admirava. Uma prosa claramente poética, invulgar e poderosa. Com poetas escondidos entrelinhas, vamos decifrando pelas palavras e capítulos uma narrativa sublime. Como o próprio diz, palavras em forma de livro, que rodeiam as vidas de Fernando Pessoa, Jorge Luís Borges e Karl (personagem de Kafka). O romance nasce da pergunta - como é que nasce um escritor? - e vagueia pelas mentes criativas destas três personagens.

" Alguns homens são de tripas e escamas, depois de amanhados ficam um pouco que não chega e mal se vê. Há outros em que tudo se aproveita, homens com segredos nas entranhas e na pele, que contam histórias sem fim. São esses os homens bons e às vezes nem homens são, mas cães ou gatos, ou crianças que brincam umas com as outras."

Houve tempo para conversas no terraço, no fim de tarde, por entre um jantar animado e simples. Peixe do nosso mar, grelhado e umas tapas para petiscar. Uma sangria fresca, que o calor ainda aperta e a garganta está seca. E um bolo de fruta para sobremesa. Um upside-down de morango e ruibarbo. Com morangos e ruibarbo da horta.
No meu peito coube o encanto e a felicidade de nos termos cruzado. No livro e no jantar.

"De novo silêncio, tudo foi já dito e entendido por um e pelo outro, agora só o vento quente e os pássaros podem acrescentar sons à tarde. É Verão e os corpos aceitam bem a quietude, os minutos não têm pressa e os dois ficam ali enquanto for necessário."











Upside-Down de Morangos e Ruibarbo
(inspirado nesta receita)

50 gr de manteiga
1/2 chávena de açúcar mascavado claro

1 taça de morangos cortados em metades
1 chávena de ruibarbo em pedaços

2 ovos
1 chávena de açúcar
75 gr de manteiga derretida e fria
raspa de 1 limão
3/4 chávena de buttermilk*
1 e 1/2 chávena de farinha
1 e 1/2 colher (chá) de fermento
1/4 colher (chá) de bicarbonato


Preparação

Untar uma forma redonda e reservar. Pré-aquecer o forno a 180ºC.
Num tacho pequeno juntar a manteiga e o açúcar iniciais e levar ao lume a ferver uns minutos a formar um género de caramelo claro. Colocar no fundo da forma preparada e espalhar uniformemente.
Espalhar os morangos em metades e os ruibarbo em pedaços por cima do caramelo numa camada concêntrica e sem deixar espaços vazios.
Numa taça bater muito bem os ovos com o açúcar e a raspa de limão, até obter uma mistura volumosa, uns 3 minutos com a batedeira. Juntar a manteiga e o buttermilk, mexendo bem. Por fim adicionar a farinha, fermento e bicarbonato de sódio e envolver suavemente.
Colocar a massa por cima da fruta e levar ao forno até cozer (teste do palito).
Deixar o bolo arrefecer uns 10 minutos antes de o virar para um prato de servir.
Servir simples ou com uma bola de gelado de baunilha.

* Para preparar o buttermilk, adicionar uma colher de sopa de sumo de limão a 3/4 de chávena de leite e aguardar uns 15 minutos antes de utilizar.

Bom Apetite!

Com esta receita participo no projecto "Convidei para jantar...", que decorre este mês no blog De Cozinha em Cozinha passando pela Minha, com o tema Escritores Contemporâneos.
Nota: os excertos publicados em itálico pertencem ao livro "No Meu Peito Não Cabem Pássaros" de Nuno Camarneiro.







 

Penne com Pesto de Ervilhas e Bróculos, Curgete e Tomate Seco




Foram-se as favas. Chegaram as ervilhas. Bolinhas verdes, acabadas de colher. Da horta.
Dedos encardidos em redor duma taça bem cheia de horas de trabalho e ervilhas frescas.
Manda a tradição que se façam as primeiras ervilhas com ovos escalfados e em sopa cremosa. 
E seguem-se novas tradições e novas propostas. Como um pesto de ervilhas e bróculos, verde esperança, delicioso e maravilhoso com uma pasta. Comida de casa, com coisas da horta, com sabor especial.
O verde à mesa. Sirvam-se dele.


Penne com Pesto de Ervilhas e Bróculos, Curgete e Tomate Seco
(receita inspirada numa de Mafalda Pinto Leite)

100 gr de ervilhas cozidas
100 gr de raminhos de bróculos cozidos
1 dente de alho
6 folhas de manjericão fresco
2 colheres (sopa) de pinhões tostados
3 colheres (sopa) de parmesão ralado
azeite q.b.
sal q.b.

300 gr de massa Penne
2 curgetes
1/4 chávena de tomate seco (em azeite)
parmesão ralado q.b.


Preparação

Reservar algumas ervilhas e alguns raminhos de bróculos para decoração final.
Preparar o pesto: triturar as ervilhas, bróculos, alho, pinhões, parmesão e manjericão num copo misturador. Adicionar o azeite em fio e ir triturando até obter uma pasta cremosa. Temperar com sal. Retirar e reservar.
Cortar as curgetes em fatias longitudinais finas, temperar de sal e grelhar de ambos os lados por pouco tempo. Temperar com um fio de azeite e reservar.
Cozer a massa até ficar al dente (uns 9 minutos). Escorrer e adicionar pesto a gosto, a curgete grelhada, as ervilhas e bróculos reservados e os tomates secos cortados em pedaços. Servir com parmesão ralado na hora.

Bom Apetite!







Biscotti de Espelta com Amêndoa, Laranja e Arandos...e um mergulho de chocolate




Mais um desafio do Dorie às Sextas. Na última quinzena não tive oportunidade de participar, por isso este ficou logo marcado. E no domingo passado pus a mão na massa. 
Adoro fazer biscoitos e bolachas, para mim servem quase de terapia e relaxamento. Coloco uma banda sonora (Air desta vez) e preparo o tabuleiro e a massa sem pressas. A minha mente pára ali por breves instantes.
Uns biscotti de amêndoa, por si só já prometiam. Promessas de coisas doces, de dedos largos estaladiços e alguma loiça para lavar. Promessas de caixinhas de bolachas cheias e tão de repente vazias. Restam migalhas de conforto.
Quis alterar uma das farinhas, e usei a de espelta que gosto muito, reduzi na manteiga e coloquei arandos secos (oferta da minha amiga Paula que está no UK). No final, não resisti e o chocolate apareceu. E que bom que apareceu.






Biscotti de Espelta com Amêndoa, Laranja e Arandos (e Chocolate)
(inspirados no livro Baking, de Dorie Greenspan)

1 chávena de açúcar
raspa de 2 laranjas
75 gr de manteiga
2 ovos
1 e 1/2 chávena de farinha de trigo
1/2 chávena de farinha de espelta
1 e 1/2 colher (chá) de fermento
1 colher (chá) de cardamomo em pó
pitada de sal
1/2 chávena de arandos secos
3/4 chávena de amêndoas laminadas
100 gr de chocolate 70% cacau


Preparação

Pré-aquecer o forno a 175ºC. Forrar um tabuleiro com papel vegetal e reservar.
Misturar as farinhas com o fermento, sal e cardamomo. Reservar.
Utilizar uma batedeira para bater a manteiga com o açúcar e a raspa de laranja até ficar cremoso. Acrescentar os ovos um a um e bater até ficar um creme macio.
Adicionar a mistura das farinhas e envolver. Juntar os arandos e as amêndoas e envolver com uma espátula na massa.
Dividir a massa em duas e colocar no tabuleiro preparado, moldando dois troncos com aproximadamente 30cm x 4cm. 
Levar ao forno a assar por uns 15 minutos ou até os troncos ficarem ligeiramente dourados e ainda meio moles ao toque.
Retirar do forno e deixar arrefecer uns 20 minutos.
Com uma faca de serra, cortar os troncos em fatias de 2 cm de espessura. Colocar as fatias novamente no tabuleiro, mas desta vez em pé, e levar ao forno a 175ºC, durante mais uns 15 minutos até que os biscotti fiquem dourados e firmes.
Transferir para uma grade e deixar arrefecer.
Entretanto derreter o chocolate em banho-maria e mergulhar as pontas dos biscoitos nele, deixando depois secar em cima de uma grade.

Bom Apetite!